

Quem pode fazer cirurgia robótica?
Todos, independentemente da idade e após uma consulta de avaliação com médico ortopedista.
Que tipo de cirurgia?
Substituição articular por uma prótese. A cirurgia robótica está indicada para próteses do joelho e da anca.
É preciso ser uma cirurgia programada?
Sim, é imprescindível que assim seja. A intervenção começa a ser planeada 15 dias antes, com um estudo pré-operatório diferenciado. Será necessário fazer uma TAC, que vai ajudar a calcular qual o tamanho e posicionamento da prótese para aquela pessoa específica. A TAC recolhe centenas de imagens que irão ajudar a criar um modelo anatómico tridimensional (3D) da articulação que está afetada (o joelho ou a anca). A intervenção é baseada na anatomia única de cada pessoa.
O que acontece durante a cirurgia?
A cirurgia exige planeamento, mas no decorrer da intervenção, o cirurgião ainda poderá fazer alterações ao plano, com ajustes mais finos e detalhados, com base na informação de sensores que avaliam a biomecânica individualizada do doente. Estes sensores são colocados já com o doente anestesiado e servem para validar todas as medições, mas também o corte que – neste caso – é feito ao milímetro e sem dano ou invasão dos tecidos moles, o que só é possível graças à programação feita para o braço robótico. Este tipo de sensor tem uma antena que transmite os dados de posicionamento espacial das articulações, anca e joelho, o que possibilita um ajustamento individualizado da prótese, com base na tensão ligamentar. No caso da cirurgia ao joelho, é possível fazer uma medição do centro de rotação da anca e validar o posicionamento espacial das três articulações do membro inferior. No caso da prótese da anca, destaca-se uma maior estabilização biomecânica, um ajuste real da báscula da bacia, maior poupança de osso e menor dismetria (perna mais curta que outra).
Quem comanda e executa a cirurgia?
A cirurgia é comandada pelo cirurgião e executada por um braço robótico, que mais não é do que uma ferramenta de alta precisão. Após uma planificação informática, com base na TAC pré-operatória, cabe ao cirurgião ortopedista validar ou ajustar as informações sugeridas, a partir de toda a informação colhida pelos sensores colocados no membro.
Este tipo de cirurgia com assistência robótica permite conciliar a melhor técnica do cirurgião com a melhor tecnologia, o que se traduz numa mais-valia para o doente. A cirurgia robótica em ortopedia só pode ser executada por médico ortopedista com certificação específica.
Que segurança?
Seja na programação prévia, seja nos gestos cirúrgicos ou no material a implantar, a grande diferenciação da cirurgia robótica em ortopedia é mesmo a segurança. A atuação é sempre programada com uma precisão milimétrica, evitando-se a invasão de outros tecidos ou o risco de lesão cirúrgica.
O tempo cirúrgico é maior?
É muito idêntico, porque há todo um planeamento feito antecipadamente. Contudo, o tempo cirúrgico pode ser um pouco superior, com mais 10/15 minutos, por comparação com a cirurgia tradicional.
O que acontece na recuperação?
Dependendo da situação clínica individual, será possível sair da cama e caminhar (com ajuda) logo no próprio dia da cirurgia. E, para uma grande maioria das pessoas intervencionadas, na segunda ou terceira semana após a cirurgia, a pessoa já pode andar sozinha e sem qualquer ajuda. Há menor perda de sangue, menos tempo de internamento e menos tempo de fisioterapia. A recuperação é mais rápida.
Se necessitar de um esclarecimento adicional ou quiser marcar uma consulta de avaliação deve enviar um e-mail para comunicacao@ccci.pt

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Bom dia,
ReplyEstou muito grato pelas vossas partilhas, extremamente importantes.
Bem hajam,
Melhores cumprimentos,
José Afonso
Tenho uma condropatia de grau IV na tróclea do joelho direto ainda sem dor.
ReplyPratiquei desportos de competição durante mais de 30 anos, futebol, atletismo e ainda hoje corro de vez em quando e faço caminhadas, sentindo à posteriori algumas dores não incapacitantes.
Tenho necessidade de recorrer a estas cirurgias ou nesta fase ainda há outros tipos de tratamento.
OBRIGADA
Boa tarde, agradecemos o seu contacto.Com base nas queixas que descreve, é necessária uma avaliação clínica e radiológica para determinar o tratamento mais adequado para a sua condropatia de grau IV, na tróclea do joelho direito. No entanto, e nesta fase, é provável que existam outras opções de tratamento além da artroplastia.Para uma recomendação precisa, sugerimos que agende uma consulta para uma avaliação detalhada. Fique bem.
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