“Educar a mente sem educar o coração, não é educar em absoluto.” – Aristóteles
Segundo Goleman (1998), a nossa inteligência emocional depende da nossa capacidade e habilidade para termos controlo nas nossas emoções, de nos motivarmos, bem como de procurarmos o autoconhecimento.
Logo, será emocionalmente inteligente aquele que conseguir identificar as suas emoções e fazê-lo com mais facilidade. Goleman considerou assim que a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso e insucesso dos indivíduos.
Também no amor, a inteligência emocional faz valer a sua importância e o seu valor, pois este não pode ser entendido como um simples ato de querer, mas sempre como um ato de compreensão. Compreender as próprias emoções e as dos outros, o de saber identificar as necessidades e realidades na interação entre e de duas pessoas.
Emoções dos pequenos em ponto grande
Mas quando falamos em gerir emoções na infância aí a tarefa complica-se um pouco. Estas andam de mãos dadas com as diversas etapas do crescimento, onde os desafios são vários, todos os dias e em cada fase, sempre tão enriquecedores.
Enquanto observamos o crescimento físico das crianças devemos também manter presente o seu desenvolvimento emocional, que apesar de menos visível tem um papel preponderante.
É importante para o desenvolvimento da criança:
- Entender o que os outros sentem
- Reconhecer emoções
- Conseguir exprimir-se
- Ter auto-controle
- Estabelecer relações saudáveis
- Participar em atividades criativas
- Explorar situações que exijam a procura de soluções
Nas interações que as crianças vão estabelecendo devem de forma equilibrada identificar, nomear e distinguir emoções em si e nos outros, bem como expressá-las e geri-las de forma adequada.
É fundamental que seja incentivada a descoberta de determinados comportamentos na criança. Existem algumas dinâmicas que podem ser utilizadas:
– Promover a exposição da criança a diferentes imagens com expressões faciais básicas, que transmitam diferentes emoções fáceis de identificar.
– Identificar situações em que a criança está a sentir estados de tristeza, raiva, medo, alegria, etc.. Aproveite para a ajudar a identificar sinais corporais e manifestações específicas de cada emoção (ex. fugir, gritar, agitação, vontade de chorar, coração a bater mais acelerado, etc.)
– Utilizar os jogos de mímica para representar situações onde pode trabalhar a identificação de sinais do rosto/corpo, a voz como resposta às emoções provocadas pela situação.
– Simular situações do dia-a-dia para que se possam representar os “dilemas” e trabalhar o que cada um dos intervenientes sente face à situação criada.
Torna-se fundamental o desenvolvimento de uma personalidade equilibrada, desde a infância, com valores e bases emocionais importantes. É importante perceber que as crianças quando não desenvolvem determinadas competências sócio emocionais e habilidades relacionais, já aqui nomeadas, no futuro, poderão, mostrar-se indiferentes à dor e ao sofrimento sentidos ou causados aos outros.
As crianças não moldam o seu comportamento com base apenas na teoria, dependem de um envolvimento ativo, no dia-a-dia, junto dos seus modelos para aprenderem a lidar com as suas próprias emoções. É importante por isso, relembrar que todos os elementos circundantes são fundamentais, pois são vistos como exemplos e em cada fase exercem a sua intervenção pedagógica.
Já dizia Benjamin Franklin: “Diz-me e eu esquecerei, ensina-me e eu poderei lembrar, envolve-me e eu aprenderei”.
Talvez seja esta uma das principais fórmulas do desenvolvimento da inteligência emocional.
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Este artigo é valioso pelo seu conteúdo, se bem que, pela terminologia usada, não seja totalmente inteligível pelo cidadão comum, isto é, pais, avós, restantes familiares e amigos, cuidadores, etc.
ReplyBaseio a minha afirmação em 37 anos de experiência profissional.
AMAR A PROFISSÃO = GARANTIA DE SUCESSO e este NÃO EXISTE SE NÃO GERIRMOS BEM O PLANO EMOCIONAL. <3