Além da barba que nasce, há outras diferenças. A testosterona explica algumas das divergências entre a pele Dele e a Dela. Eles têm um pouco mais de “sorte” quando se procuram diferenças no envelhecimento, mas acabam por não saber aproveitar o que a natureza lhes oferece. Do outro lado, elas são mais habilidosas e acabam por conseguir compensar as diferenças.
Se compararmos a pele Dele e a pela Dela, não há igualdade. Para além da barba ou cabelo facial, há outras diferenças que acabam por privilegiar a pele do homem, se compararmos com o que acontece com a pele da mulher.
Elas não têm a noção dessa desvantagem natural e resistem, superando com habilidade aquilo que a natureza não lhes oferece. Além do cabelo facial ou barba, há diferenças estruturais entre a pele de um homem e a pele de uma mulher. Comecemos pelo andrógeno (testosterona), que acaba por provocar um aumento de espessura em cerca de 25%, mas também diferenças na própria textura da pele.
Após a puberdade, a produção de sebo (oleosidade) é maior na pele do homem do que na pele da mulher, um facto que é atribuído à secreção de andrógenos e que acaba por explicar porque o acne é mais duradouro neles, mas também porque a pele Deles tem um aspeto mais oleoso e mais brilhante do que a pele Delas.
Como se não bastasse a ajuda desta hormona (a testosterona), a pele dos homens também tem maior densidade de colagénio, uma proteína que está diretamente relacionada com os sinais de envelhecimento da pele. É isto que explica por que razão a pele de uma mulher é cerca de 15 anos mais velha do que a pele de um homem da mesma idade. É aqui que entra a habilidade feminina, fazendo com que estes 15 anos de diferença de idade da pele sejam facilmente disfarçados. Basta que Eles não usem protetor solar para que os danos do sol acrescentem facilmente anos de idade à pele de um homem e, nesta matéria, eles não são muito cuidadosos.
Anos mais tarde, é a descida repentina deste mesmo colagénio que volta a tramar a pele das mulheres. Se nos homens o teor de colagénio reduz-se a uma taxa constante, nas mulheres e logo após a menopausa, essa quebra é acentuada, produzindo efeitos diretos na pele da mulher. Resta-lhe, uma vez mais, alguma habilidade e informação.
Claro que nem tudo é um mar de rosas na pele do homem. Há que ter em conta que a barba não lhes facilita a vida e as repetidas vezes que raspam a pele acabam por a tornar sensível e irritada. As lâminas acabam por remover o pelo, mas também a camada superior das células da pele, expondo assim uma camada ainda imatura e que é sensível a influências externas. Razão por que quase metade dos homens apresenta queixas relacionadas com o barbear. Para estes casos, sugerimos o uso de produtos que ajudem a lubrificar a pele, sendo de todo desaconselhados o uso de produtos agressivos que possam remover os lipídios naturais da pele. Raspar o cabelo da barba na direção em que cresce e não contra, é ainda uma última sugestão a fazer.
(médica dermatologista)
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