Como podemos tratar as varizes?
O calor, emitido por radiofrequência, ou a “cola”, aplicada na oclusão venosa por técnica adesiva, são as duas soluções, hoje disponíveis para o tratamento de varizes. Os resultados obtidos são iguais aos da tradicional cirurgia (stripping), mas as vantagens sentem-se no imediato
O aparecimento de varizes nas pernas ultrapassa largamente a preocupação estética. Uma variz é sempre uma veia doente que, como o tempo, dilata, fica tortuosa e alongada. A circulação do sangue é afetada e o caminho de retorno do sangue ao coração começa a ser feito com dificuldade.
Estas são razões suficientes para encarar o aparecimento de varizes muito para além da questão estética. A causa não tem uma cura definitiva e implica variados fatores, contudo é hoje possível oferecer técnicas minimamente invasivas que vão quebrar a evolução da doença, tratando as veias dilatadas e impedindo que outras se dilatem.
Até há pouco tempo, a cirurgia tradicional era a solução possível e recomendada, seguindo o método de remoção da veia doente. Hoje, acrescentam-se novas soluções, que recorrem a técnicas minimamente invasivas, mais satisfatórias do ponto de vista estético, menos dolorosas e com uma mobilidade e recuperação muito mais rápidas, proporcionando um regresso à atividade diária muito precocemente. Não é de todo uma tenda de milagres, é a medicina a trabalhar lado a lado com as novas tecnologias.
A estratégia será sempre individual e com necessidade de uma avaliação pessoal, mas a radiofrequência (ondas de calor) e ablação por técnica adesiva (cola) são as mais recentes soluções para o tratamento das veias safenas, sem necessidade de recurso a cirurgia, da mesma forma que a opção por anestesia geral ou local é estudada e avaliada individualmente pelo anestesista.
Com a ablação por radiofrequência, a técnica consiste na oclusão da veia safena por uma sonda que emite calor. O processo é guiado por ecografia e a veia doente não é removida, permanece no mesmo local, mas fechada e a circulação do sangue é direcionada para outra veia saudável. A veia que deixou de ser utilizada acabará por se transformar em tecido fibroso, acabando por ser integrada no tecido circundante. O mesmo acontece quando se recorrer à ablação por técnica adesiva (cola), só que, neste, caso, o fecho da veia safena é feito pela administração de cianoacrilato, numa única abordagem.
A doença venosa crónica é uma patologia crónica e evolutiva que, em Portugal, atinge mais de 35% da população adulta, tendo maior incidência nas mulheres. A doença pode apresentar vários graus de gravidade, que vão desde a presença de varizes reticulares à presença de úlcera na perna.
O tratamento deve começar por uma avaliação clínica, que vai identificar as alterações passíveis de serem corrigidas e só depois se pode sugerir qual a melhor estratégia.
No Centro Cirúrgico de Coimbra, as técnicas minimamente invasivas aplicadas ao tratamento de varizes são da responsabilidade de Gabriel Anacleto, especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular.
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Boa noite, gostaria de saber se o novo tratamento para as varizes, serve também para tratar os derrames.
ResponderObrigado
À partida sim, é possível aplicar estas técnicas a derrames, contudo deverá marcar uma consulta de avaliação com o Dr. Gabriel Anacleto.
ResponderTenho interesse no assunto uma vez que tenho problemas numa das pernas. Goataria de marcar uma consulta proximamente.
ResponderCumprimentos.
Bom dia, poderá marcar uma consulta pela número 239 802700 ou pelo email consultas@ccci.pt
ResponderGostaria de marcar uma consulta,devido ter varizes numa perna.Obrigado.
ResponderBom dia António, será contactado pelas nossas assistentes para agendar a consulta que refere.
ResponderOlá boa tarde,
Gostaria de saber se, para além dos novos tratamentos, fazem também apenas a cirurgia de remoção da veia?
Obrigado
ResponderBoa tarde Ruben, sim, claro. A cirurgia vascular mantém essa intervenção.
ResponderEsta Técnica de ablação por radiofrequência também pode ser usada no tratamento de hemorroidas externas?
ResponderGrato desde já pela atenção.
Antonio S
Bom dia, para a situação que descreve, sugerimos uma consulta com o Prof. Costa Almeida que, após uma avaliação, poderá sugerir um tratamento com LASER. Ver o link https://ccci.pt/doctors/carlos-costa-almeida/
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