
Nasceu depois de 1970 e nunca teve sarampo? Então isto é para si. Os adultos também estão convocados para a vacina
Chama-se repescagem e tem como objetivo prevenir as epidemias de sarampo que podem chegar com a primavera e o verão. A atividade epidémica mantém-se e as bolsas de população não protegida pela vacinação continuam a proporcionar falhas na imunidade de grupo.
Os apelos à vacinação e ao cumprimento do Plano Nacional já começaram o ano passado. Agora há a intenção de reforçar os apelos e de explicar que a doença não afeta apenas crianças, apesar de estas serem o primeiro alvo. A vacina está disponível nos centros de saúde e, além de gratuita, é recomendada em duas doses, para todas as crianças aos 12 meses e aos cinco anos de idade.
Este ano e até 2019, a Direção Geral de Saúde pretende reforçar a proteção da população portuguesa, tendo em conta que o número de casos de sarampo em toda a Europa está a aumentar (triplicou). A população alvo para esta campanha de repescagem inclui os menores de 18 anos de idade, sem história credível de sarampo, todos os profissionais de saúde e os adultos que nasceram a partir de 1970, dando prioridade ao grupo entre os 18 e os 47 anos de idade.
A campanha está a ser acompanhada por um reforço da reserva estratégica nacional de 200 mil doses adicionais de vacina contra o sarampo. A implementação de novas estratégias e a procura de uma imunidade de grupo são a resposta lógica à prevenção de uma doença que é altamente contagiosa e que se transmite por contacto direto e via aérea. Febra alta, tosse, olhos vermelhos e lacrimejantes, são alguns dos sintomas da doença, podendo ser acompanhados por erupções cutâneas na cara e pescoço, mãos e pés. O sarampo ainda pode ser a causa de outras complicações, como infeções nos ouvidos, pneumonia, diarreia e encefalite.
A vacina contra o sarampo surge em modelo tríplice (sarampo, papeira e rubéola) e visa estimular o sistema imunitário, razão porque todas as pessoas que foram vacinadas não estão 100 % imunes e também podem ser infetadas, mas as manifestações deste vírus serão sempre mais leves e com menos riscos. Por outro lado, as pessoas não vacinadas correm maior risco de contrair o sarampo, seja por contacto com outros doentes ou pessoas ainda em período de incubação da doença (7 a 21 dias), provenientes de outros países.
Para os viajantes, a Direção Geral de Saúde sugere ainda que podem ter necessidade de receber uma dose adicional desta mesma vacina, uma vez que no último ano e só na Europa, foram registados surtos de sarampo em 14 países, registando-se 14 mil casos apenas em 2017, o triplo do ano anterior.
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