
Não será uma mera passagem do tempo. Há mudanças biológicas que não afetam todos do mesmo modo. Hoje, há centenários que se reinventam ou que insistem em manter atividade. O que os move, ainda não sabemos, mas é garantido que o comportamento também influencia a longevidade.
Decididamente o envelhecimento não chega a todos do mesmo modo ou com a mesma intensidade. Porque acontece ou o que os faz mover, ainda não sabemos muito bem. O comportamento ou a forma como aceitam a passagem do tempo poderá ser a resposta para essa longevidade em forma. Porque a 3ª e a 4ª idade não têm de ser vividas necessariamente dentro de uma casa.
Já todos sabem que Manoel de Oliveira tinha 106 anos quando morreu e ainda trabalhava, mas poucos sabem que Von Breunnmer decidiu viver em Portugal aos 60 anos de idade. Aos 96 anos quis ser produtor de vinho. Criou uma vinha, em Sintra e, hoje, com 104 anos, continua a gerir o projeto, que tem recebido prémios internacionais.
José Canelo é outro caso de sucesso. Tem 91 anos e começou a correr em pista aos 80 anos.
O ano passado trouxe quatro medalhas de ouro do Campeonato do Mundo de veteranos.
Aos super-avós já sucederam os super-bisavós e são inúmeras as pessoas com mais de 70 anos que ainda se mantêm ativas. Paula Rego (80 anos), Manuel Cargaleiro (89 anos),Ruy de Carvalho (89 anos), Rui Nabeiro (85 anos) e Eunice Munoz (87 anos), entre muitos outros. Para eles, a vida é um contínuo até ao último suspiro e viver a reforma é uma ideia que lhes passa ao lado.
Claro que há quem esteja mais que apto ou disponível para receber a longevidade agora conquistada, porque o que antes era um privilégio de uns poucos, hoje, passou a ser uma norma e quase todos chegam à velhice. Não será bem para todos, porque as mulheres, apresentam em quase todos os países, taxas de mortalidade inferiores à dos homens. A explicação ainda não foi encontrada.
Ainda não sabemos tudo sobre o envelhecimento, mas é ponto assente que envelhecer não é uma mera passagem do tempo. Há eventos biológicos que ocorrem ao longo de um período de tempo. Eventos que não afetam todos do mesmo modo ou com a mesma intensidade.
Por definição, o envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, com modificações psicológicas, morfológicas bioquímicas e funcionais. Mas, o modo e a intensidade com que se instala não é igual para todos. A forma como cada um de nós convive com a nova etapa da vida também não é igual em todos.
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Tem muita relação com o que se come, bebe e como se respira, rir… e o que se faz para aumentar o ciclo dos telómeros…
ReplySejam Felizes…
Eu faço 73 anos e jogo no minimo 5×18 buracos de golfe por semana e costumo dizer que só é velho quem quer ser aproveito ainda para dizer que o meu handicape é 4.5
ReplyTenho 86 anos. Sou médico cirurgião e já propriamente parei de exercer, mais para não dizerem que devido à idade um operação não correu tão bem, embora eu saiba que continuo com habilidade manual. Como tal, tenho uma pequena poli oficina em casa onde concerto tudo, faço talha e escultura. Preciso de ter sempre a mente e a actividade manual em exercício. Pertenço a vários clubes e associações de ajuda à sociedade, e à auto melhoria do ser por algumas vias esotéricas. Tenho já vários livros de prosa e poesia escritos e estou actualmente a escrever o meu 3º romance. Tenho feito numerosas palestras (em PowerPoint), em Portugal e em países estrangeiros.Promovo encontros de poesia. Para mim isto é “envelhecer”!
ReplyGostei muito de ler o seu comentário. Parabéns. A vida é para ser vivida, como alguém diz “mastigada até ao fim.
ReplyQue Deus lhe dê muitos mais anos de vida com saúde e muita jovialidade! Parabéns pelo testemuho e pela disponibilidade em prole da sociedade.
ReplyBem haja!
Para mim, viajar é a melhor forma de combater o envelhecimento! Manter a actividade e conhecer novos lugares, novas pessoas, novas culturas, novos amigos.
ReplyMudar rotinas e sair da “zona de conforto” é deter o tempo!
Tenho 65 anos, dizem que pareço não os ter. Não sei o que é a idade, e sempre assim fui. Quando vivi no Brasil e fiz 30 anos, as minhas amigas, perguntaram-me como me sentia. Não compreendi a pergunta mas respondi que estava bem. Passados 35 anos assim continuo, não me sinto sexagenária ou o que se possa entender por tal. Ter 65 anos e não me sentir “velha” é muito bom, para não utilizar outros adjetivos. Gosto de coisas simples, da serenidade e de uma certa ingenuidade que as pessoas mais velhas têm a par da curiosidade pelas coisas da vida. E o riso o nosso mais poderoso aliado.
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