Não falta muito, mas o mundo está mesmo prestes a mudar e vai ficar muito mais grisalho. É isso que está a acontecer. Há uma nova maioria que cresce e o nosso país irá ocupar um lugar cimeiro no pódio mundial.

Entre 2015 (ontem) e 2020 (depois de amanhã) o mundo vai mudar. Não é uma previsão, é já uma certeza. Afinal os números também servem para fazer estas projeções, porque não basta saber somar. O ano de 2020é apenas o marco estabelecido para a afirmação da mudança que se tem vindo a instalar.

Até lá, a nova maioria que tem vindo a crescer já estará verdadeiramente instalada e, pela primeira vez, o mundo terá mais pessoas com mais de 65 anos do que crianças. Isto nunca aconteceu. Portugal caminha a velocidade cruzeiro para atingir este desígnio estatístico, não só porque a natalidade está a diminuir, mas também porque os jovens que ainda nascem com nacionalidade portuguesa não ficam cá e partem. Junte-se o aumento da esperança média de vida e facilmente se percebe por que razão Portugal irá ocupar o terceiro lugar no ranking mundial dos países mais envelhecidos. Acima de nós, ainda está o Japão e a vizinha Espanha.

Em 2015, Portugal já tinha 147 idosos para cada 100 jovens. Em 1960, o índice de envelhecimento português era de 27%, isto é existiam 27 pessoas com mais de 65 anos por cada 100 pessoas com menos de 15 anos. Junte-se ainda um outro indicador. Em Portugal, o número de centenários duplicou em apenas quatro anos. Percebe-se a mudança, mas não se percebe porque não nos preparamos para esta transformação.

É certo que o envelhecimento é um fenómeno novo na humanidade, mas tivemos tempo para nos prepararmos para o novo paradigma. Os números anunciavam isso mesmo, mas ninguém quis olhar para eles. Nem para os números, nem para esta fatia da população que cresce. Há toda uma geração esquecida, com ameaças de ficar à rasca.

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