Quando a Neurorradiologia se alia à Ozonoterapia emergem novas soluções terapêuticas para as doenças da coluna. O recurso ao ozono revela elevadas taxas de sucesso nas hérnias discais, independentemente da localização (lombar ou cervical).

Dor é o principal sintoma, mas pode ir mais longe, dependendo da localização da hérnia (cervical ou lombar) e pode chegar a situações extremas de falta de sensibilidade nos braços ou pernas ou mesmo paralisia de um membro. A culpa está nas “almofadas” ou discos intervertebrais que estão dispostos entre cada par de vértebras. Quando este núcleo polposo começa a desintegrar-se e o anel fibroso que o rodeia apresenta pequenas fendas estão criadas as condições necessárias para que a hérnia surja, uma situação que pode ocorrer na zona lombar ou na área cervical. Quando um especialista em Neurorradiologia acumula a especialização em Ozonoterapia tudo isto pode desaparecer. O ozono é uma solução terapêutica indicada para resolver os sintomas e efeitos das hérnias discais e um único tratamento em uma única sessão tem-se revelado como uma abordagem eficaz e uma alternativa à cirurgia tradicional.

De entre as várias indicações terapêuticas é ao nível da coluna que a atuação do ozono tem revelado ótimos resultados, nomeadamente como solução para as hérnias discais. O especialista do Centro Cirúrgico de Coimbra que acumula as especializações em Neurorradiologia e em Ozonoterapia, esclarece que «as hérnias da zona cervical têm características próprias e o seu tratamento é sempre mais delicado, uma vez que na patologia cervical, quando a parte interna do disco intervertebral se desloca para o exterior, alguns fragmentos podem comprimir uma das raízes nervosas da zona cervical ou mesmo a espinhal medula que lhe está próxima, situação que não acontece se a hérnia for lombar». A esta caraterística que pode diferenciar os dois tipos de hérnias, Miguel Cordeiro acrescenta uma segunda diferença, «uma vez que as hérnias da cervical calcificam mais frequentemente do que as hérnias lombares, principalmente se a situação já se arrastar no tempo». Este é, aliás, o único impedimento que pode travar o recurso à ozonoterapia para o caso de hérnias da cervical.

Após a aplicação da terapia de ozono e nas consultas de seguimento, constata-se que uma só sessão é suficiente para fazer desaparecer os sintomas associados à hérnia, demonstrando que esta área terapêutica é eficaz em patologias da coluna, quer em processos inflamatórios ou degenerativos. A chave do sucesso está numa única molécula com três átomos de oxigénio (o ozono), que acaba por se revelar como um potente oxidante. O ozono entra no organismo por uma injeção, cuja localização é guiada pela ajuda da imagiologia, como a tomografia computadorizada. O processo terapêutico define-se como uma técnica minimamente invasiva. Não necessita de anestesia geral, não tem contraindicações, nem efeitos adversos.

A Ozonoterapia pode ser uma opção para o alívio de processos inflamatórios relacionados com a artrose (do joelho e na articulação coxa-femural), tendinites do ombro e cotovelo, entre outros.

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