Um dia descobri o jogo de gostar e de não gostar. Fiquei surpreendido. Compreendi que gostar é também não gostar. Só se gosta por comparação com a indiferença ou com o não gostar.
Mas gostar é mais do que não gostar… É o somatório de se sentir agradado pelo que nos seduz, independentemente da beleza, da forma ou disforma, do ser que é ou que deveria ser.
Gostar é uma tolice, tal como não gostar… É aceitar o que antes ou depois pode ser amado ou recusado, é uma obra única ou múltipla, alicerçada no tudo ou nada da ilusão sonhada.
Gostar é tudo o que eu quero. Não me interessa o que os outros gostam ou não gostam. Gosto porque sinto o querer. O querer que posso ou não posso ter, mas que não me importa porque o que importa é gostar, do feio ou do bonito, do branco ou do não branco.
Gostar é uma ilusão que nos faz feliz ou que nos destrói, porque gostamos e não podemos gostar ou porque não somos correspondidos.
Gostar é muito melhor do que não gostar, mas não gostar pode tão só ser o princípio de gostar ou gostar muito.
E quanto mais gosto, mais gosto de não gostar do que não gosto para poder gostar mais do que mais gosto.
Neste jogo, não gosto de perder. Por isso gosto de gostar…
Deixar um Comentário
Sempre em alta Dr. Travassos. Abraço ‘
Reply