 
O acesso é condicionado. A triagem é obrigatória. A lotação dos espaços é limitada. A distância segura é obrigatória, tal como o uso de máscara e a higienização de mãos e objetos. Esta é a parte visível de um plano de segurança e proteção, concebido para enfrentar o risco de contágio por SARS-CoV2. O risco zero é o nosso objetivo
 
Queremos continuar a cumprir a nossa missão, mas só o podemos fazer em
segurança. E, se passados oito meses, voltamos a insistir na explicação do nosso Plano de Segurança, é porque continuamos a constatar que a mensagem ainda não foi interiorizada por todos. Por isso insistimos.
A responsabilidade de garantir proteção a todos os que procuram os nossos
cuidados ficou acrescida e exigiu-nos uma reação. Os escudos de segurança foram elevados ao nível máximo e, não raras vezes, são entendidos como “exageros”, quando na verdade apenas refletem a adaptação necessária e que se impunha, face a uma ameaça, minúscula, invisível e ainda pouco conhecida.
Foi necessária preparação e muito investimento, porque se queremos exigir temos de proporcionar essas mesmas condições. Quem nos visita já percebeu isso mesmo, seja na disponibilização de gel e desinfetante, seja na oferta de máscaras cirúrgicas. Mas, de entre todas as condicionantes que fomos obrigados a implementar, há duas que continuam “incompreendidas”. A posse da carteira, bolsa individual e o acompanhamento de doentes.
Todos percebem que é importante a higienização do calçado, no tapete apropriado que existe à entrada, todos percebem que o uso de máscara é importante, que é seguro desinfetar as mãos e todos confessam que sentem insegurança em espaços fechados com muitas pessoas.
Mas, quando se fala na carteira das senhoras, parece ser zona de altar santificado e, de tão habituadas estarmos a esta dependência não cai bem a indicação de que a carteira deve ficar no carro. Sim, é verdade que até à chegada do SARS-CoV2 a carteira das senhoras tinha tudo o que poderia ser preciso. Hoje, não pode ser assim. O Centro Cirúrgico vetou a entrada de carteiras, malas, mochilas e outros objetos idênticos. Porquê? Basta que cada um de nós reflita um minuto. As carteiras têm, efetivamente, um potencial de contágio enorme, precisamente porque somos inseparáveis delas, estão em todo o lado, encostam, poisam, são mexidas, guardam outros inúmeros objetos, em que mexemos. Tiramos, partilhamos (!?) e voltamos a arrumar.
As carteiras são amigas do SARS-CoV2 e inimigas da segurança e proteção. Mas, as carteiras não são imprescindíveis, são tão só um acessório. Prático, elegante e muito útil, mas podemos viver sem elas durante alguns meses… É esta ideia que necessitamos de reter.
A outra grande incompreensão passa por não autorizarmos a presença de
acompanhante nas consultas e ou exames médicos, salvo as exceções: as grávidas, os casais em tratamento de fertilidade, os invisuais, os menores de idade e as pessoas com défice cognitivo. Por norma, o doente não se incomoda nada com esta medida, mas o acompanhante não gosta e reclama. Desde o filho, à nora, ao taxista, à amiga… Todos querem entrar e acompanhar e saber o que se passa dentro da consulta.  
Primeiro que tudo, convém saberem que já antes da época COVID-19, era
 ao doente que competia decidir se queria ou não ser acompanhado numa qualquer consulta e não o contrário. E a legislação não mudou, mas não raras vezes é o acompanhante que acha que precisa de ser isso mesmo.
Acrescente-se ainda que a necessidade de proteção do doente exige que a distância de segurança seja respeitada, que a lotação tenha um limite e que o número de pessoas em circulação dentro de um espaço fechado deve ser reduzido ao estritamente necessário…
Um acompanhante pode e não pode ser necessário. É ao médico assistente que compete fazer essa avaliação, caso não exista um documento que comprove a existência de um défice cognitivo. E, uma vez mais, sugerimos que pense neste mesmo assunto durante um minuto. Se um médico tiver 10 doentes para observação e se todos eles tiverem um acompanhante, o número duplica para 20 pessoas. Ou seja, a distância de segurança fica comprometida para todos, tal como a lotação do espaço. A probabilidade de um eventual contágio aumenta, ninguém quer isso.
O doente nem sempre precisa de um acompanhante. Contudo e se o doente
 autorizar, esse mesmo acompanhante pode agilizar a eficácia do plano terapêutico que será necessário implementar e pode dar ênfase aos cuidados e/ ou medidas preventivas que o médico prescreve para aquele caso concreto. Não é preciso acompanhar o doente e entrar dentro do Centro Cirúrgico, basta que dê indicação ao médico desse interesse e que o doente consinta essa mesma intrusão, uma vez que toda e qualquer informação clínica é sensível e por isso mesmo sujeita a proteção própria.
 
Se quiser saber mais detalhes sobre o nosso Plano de Segurança e Proteção deve consultar o site em https://ccci.pt/guia-covid-19-plano-de-seguranca-e-protecao/
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Boa noite
Um centro sempre preocupado com os doentes. Estes também convosco. Deus nos/ vos ajude .
Beatriz
ReplyExmos senhores,
Concordo e aprecio o vosso investimento quer financeiro quer estrutural de forma a salvaguardar a saúde de todos nós. De qualquer modo gostaria que me informassem relativamente à assiduidade médica? Também investiram em formação para determinados doutores aprenderem a ver as horas? Caso contrário ou corremos o risco de ajuntamentos nas salas de espera com os doentes com marcações de há 3h ou quem chega a horas será recambiado a esperar na rua…
Aguardo o vosso feedback
Melhores cumprimentos
Diná Campos
ReplyBoa tarde. Admitimos e acreditamos que as pessoas são responsáveis. Compreendemos a sua ironia, mas obviamente que sabe a resposta. Os sucessivos atrasos não são desculpáveis, sempre que se tornam hábito ou rotina. Contudo, também temos de admitir que há dias em que não controlamos os contratempos… Fique certa que não existirão ajuntamentos nas salas de espera, mas se o médico se atrasar, o doente terá de esperar fora do CCC
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