Ver é uma resposta natural que o cérebro produz, sempre que a parceria entre sinais luminosos e elétricos é perfeita. Na ausência de luz, o cérebro não vê. É a luz que produz o estímulo necessário à visão. Segue-se a troca de informações e de sinais para que o mundo físico que nos rodeia seja traduzido pelo cérebro. Entramos na área do sistema sensorial e a visão é apenas um dos sentidos.

A visão acontece porque existe luz, mas também porque há uma comunicação perfeita entre sinais luminosos e sinais elétricos. As sensações visuais que nos chegam através dos olhos começam pela ação de um feixe de luz. Depois, há um percurso que é necessário percorrer e que envolve milhões de células. É necessário descodificar mensagens, transformar sinais, processar e interpretar…tudo em tempo real e num golpe de olhar. Essa é a resposta natural que o cérebro produz, como resposta ao estímulo luz. Nem sempre é assim e, necessariamente, parte deste admirável mundo fica amputado.

Fica explicado porque nos incomodamos, porque reinventamos e porque apresentamos soluções inovadoras. Não estamos programados para aceitar esta diferença.

A Oftalmologia reconstrói essas histórias. Reedifica estruturas, refaz ligações, constrói novos caminhos, corrige erros e aprendeu a substituir algumas das peças. Ainda nem todas. Continua a ser necessário manter o caminho livre para que a imagem/luz chegue à retina, tal como continua a ser necessária a existência de milhões de células únicas que ali residem e as parcerias entre estruturas.

Por vezes, a mão humana, terá de intervir. É isso que fazemos quando um bebé nasce prematuro, e o tempo de gestação não foi suficiente para que as estruturas do olho se desenvolvessem; quando a diabetes não controlada invade áreas do olho; quando os erros de refração só permitem ver com o auxílio de lentes, quando as transparências necessárias se embaciam ou quando alguém é apanhado pelo acaso, por estar no sítio errado à hora errada.

Quando é possível, a Oftalmologia intervém, para corrigir ou reconstruir. São estas cirurgias e estes casos que nos proporcionam novas visões. As nossas.

 

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