Miopia corrigida com laser

São erros, quase sempre causados por um desequilíbrio, que fazem com que as imagens surjam desfocadas e sem nitidez. A cirurgia refrativa é a alternativa aos óculos e lentes de contacto para a correção deste erro, que é refrativo

Há um sistema ótico complexo em cada globo ocular. O objetivo principal passa pela focagem dos raios luminosos na retina, de maneira a permitir a formação de uma imagem que, por sua vez, é codificada sob a forma de impulsos nervosos, transportados até ao cérebro pelo nervo ótico.

Quando os raios luminosos são focados num ponto adiante da retina, estamos perante uma miopia; ao invés, quando são focados atrás da retina, trata-se de uma hipermetropia. Quando a imagem não é focada num ponto mas numa linha, situação em que o sistema ótico não apresenta a mesma potência em todos os meridianos, estamos perante um astigmatismo.

Estes erros são na maioria das vezes causados por um desequilíbrio entre a potência refrativa dos componentes do globo ocular (o principal dos quais é a córnea) e o comprimento do globo ocular. As soluções disponíveis para a correção destes erros refrativos passam pelo uso de óculos, lentes de contacto e pela cirurgia refrativa, como terceira alternativa.

A cirurgia refrativa deu nas últimas décadas grandes passos, tratando-se hoje de uma técnica segura, previsível e com excelentes resultados funcionais. Tratando-se a superfície anterior da córnea da estrutura com maior potência refrativa do globo ocular, pequenas modificações na sua curvatura são suficientes para permitir correções importantes.

O padrão de excisão corneana é calculado de forma personalizada por computador, com base nos dados biométricos do doente e otimizado para minimizar as aberrações óticas induzidas, permitindo a obtenção da melhor qualidade de imagem.

Esta é uma cirurgia que não recorre a bisturi ou anestesia geral, mas exige uma avaliação pré-operatória cuidada e um meticuloso planeamento cirúrgico permitindo minimizar o risco de complicações e obter melhores resultados finais.

Rui Proença

(médico oftalmologista)