Há um arsenal de soluções que pode ser utilizado pelo médico ortopedista, que conhece as vantagens e desvantagens de cada uma, quando devem ser utilizadas e, sobretudo, qual a mais indicada para permitir que volte a andar, a correr…
Vivemos cada vez mais anos. Em 2023, a esperança de vida à nascença era de 82,4 anos. A melhoria das condições sanitárias, o conhecimento e a ciência debelaram doenças fatais. Recentemente, a COVID-19 mostrou a importância da ciência na resolução da pandemia, o que nos permitiu voltar a viver em liberdade. A medicina avança e hoje conseguimos (por exemplo) melhorar a visão; tomar estatinas para evitar a obstrução das artérias, melhorando a irrigação e função cardíaca ou mudar de rim quando o nosso deixa de funcionar.
Mas, de que valem todos estes avanços se não conseguirmos andar? Qual a qualidade de vida? As artroses limitam a mobilidade articular e, consequentemente, perdemos liberdade e capacidade de nos deslocarmos, conviver com os nossos amigos e familiares, seguir os nossos netos no seu crescimento e travessuras. Uma limitação que nos pode deixar tristes e depois deprimidos, sem vontade de desfrutar da longevidade que os nossos antepassados nos legaram, com o seu trabalho e investigação!
Mas, hoje, a ortopedia tem algo mais a dizer e não trata apenas a fratura, a ortopedia é a especialidade da medicina que pode avaliar e devolver-nos a mobilidade que pretendemos e desejamos para acompanhar os que nos são mais próximos e queridos ou tão só para que possamos ter uma vida ativa.
Desde o início do processo degenerativo de uma articulação é possível identificar e encontrar soluções para cada caso. Tratamentos como a viscosuplementação, na melhoria da mobilidade, aos ortobiológicos, no controlo da dor e melhoria da mobilidade e inflamação intra-articular, cirurgia de recobrimento de perdas de cartilagem à cirurgia artroplástica, para substituição de uma articulação desgastada e deformada, são algumas das soluções que o ortopedista tem ao seu dispor para tratar as alterações articulares. E o que dizer se a implantação de uma prótese for realizada com a assistência de um robô, que permite uma técnica de implantação mais precisa e rigorosa, possibilitando um internamento mais curto e uma recuperação funcional imediata mais rápida?
Todo este arsenal de soluções é utilizado pelo seu médico ortopedista, que conhece as vantagens e desvantagens de cada uma, quando devem ser utilizadas e sobretudo qual a mais indicada para permitir que volte a andar, correr e quiçá acompanhar as “cabriolices” dos seus netos!
É caso para dizer, que se não podemos dar mais anos à vida, poderemos dar mais vida aos seus anos.
Fernando Fonseca
(Médico, Ortopedista)

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