Seja por prevenção, seja para confirmação de diagnóstico, a Medicina já não os dispensa. Começamos a explicar um por um. Para que serve, o que deteta, como se faz, é indolor ou não, que cuidados é preciso ter?… Um por um, vamos descomplicar os exames de diagnóstico.
Tomografia de Coerência Óptica, ou OCT, é um exame que capta imagens do fundo ocular e uma ferramenta essencial em Oftalmologia. O exame não é invasivo, é totalmente indolor e permite obter imagens de elevada resolução.
Basta sentar, apoiar o rosto no suporte da máquina e olhar para uma luz. Não existe qualquer desconforto associado ao procedimento, sendo apenas pedido que se mantenha relativamente imóvel. Não é exigido dilatação da pupila.
Em poucos minutos, é possível obter cortes transversais das diferentes camadas da retina e ainda analisar a interface vítreo-retiniana, detetando eventuais alterações.
As imagens obtidas por OCT são uma preciosa ferramenta para, posteriormente, capacitar o médico oftalmologista com a informação necessária para chegar a um diagnóstico precoce e diferenciado de várias patologias retinianas, tais como o edema macular, buraco macular, membrana epirretiniana, degenerescência macular, entre outras, além de captarem pequenas alterações ainda em fase muito inicial. Com a tecnologia mais recente, os dados registados permitem uma análise comparativa entre momentos temporais distintos.
Um outro parâmetro muito útil que o OCT também fornece é a espessura da camada de fibras nervosas na região do nervo ótico (RNFL), um dado
particularmente relevante na deteção de patologias, nomeadamente o glaucoma. Existe, frequentemente, uma correlação entre os resultados obtidos no OCT e os resultados registados num campo visual (outro exame de Oftalmologia). Razão por que, no controlo do glaucoma, os dois exames são habitualmente realizados e analisados em conjunto.
O OCT tornou-se um recurso extremamente importante na prática clínica, na tomada de decisões terapêuticas, no controlo da evolução de situações clínicas e ainda no acompanhamento pós-operatório.
Boa tarde,
ReplyEste exame permite substituir a angiografia para detecção de membrana neovascular coroideia e sua evolução?
Obrigado
Bom dia Luís,
O OCT em si não substitui nunca uma angiografia. É apenas uma imagem estrutural. A OCTA ou angio OCT tem alguma capacidade de detecção do fluxo sanguíneo nos vasos da retina que pode mostrar vasos anormais retinianas, como no DMI. Mas em caso de derrames, como na retinopatia diabética e também no DMI, não mostra nada e é inútil. Uma angiografia convencional com corante mostra tudo sem margem de dúvidas.
Reply