Dar memória futura à medicina, é isto que faz a Oftalmologia do Centro Cirúrgico de Coimbra quando insiste em documentar todos os casos clínicos. Estamos a chegar aos 6 milhões de imagens…

As consultas de oftalmologia mudaram. Os diagnósticos também. O foco de luz na testa do oftalmologista é uma imagem do passado, porque as novas tecnologias revolucionaram esta área da medicina. O interior do olho humano ficou acessível e pouco ou nada escapa aos equipamentos de diagnóstico usados no apoio à consulta.

A riqueza de informação obtida neste tipo de exames acabou por nos conduzir para a necessidade de documentar exaustivamente todos os doentes e patologias. O diagnóstico ficou rigoroso e tem uma base científica, as fotografias captadas no interior do olho humano. Um registo ao milésimo de milímetro, nas versões anatómica, histológica e funcional.

E como se consegue chegar a esse interior do olho humano sem invadir estruturas ou sem tocar no olho? Espreitando. É isso mesmo que os equipamentos destes exames de diagnóstico fazem. Aproveita-se a transparência do olho e recorre-se à entrada de luz, que atravessa a pupila, para obter as imagens que nos vão contar as histórias que existem nesse interior.

Hoje, todas as estruturas do olho estão acessíveis à recolha de informação, desde a córnea, cristalino, vítreo, mácula, fibras nervosas, as várias camadas da retina e o nervo ótico. E são estas imagens que vão dar suporte ao diagnóstico da consulta.

Documentar ou não exaustivamente todas as patologias oftalmológicas é uma opção. O Centro Cirúrgico acreditou que esse seria o caminho para melhor tratar todos os doentes e foi com esse percurso que o nosso banco de imagens cresceu. Hoje, estamos a chegar aos 6 milhões de imagens do interior do olho humano, uma informação que, no futuro, nos irá permitir dar novos passos. A prevenção de determinadas patologias e a otimização de diagnósticos avançam a passos largos. Estamos a abrir a porta à inteligência artificial.

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